Enfim, mas o melhor estava reservado para a noite. Literalmente, uma loucura. Ao hotel vieram buscar-nos um amigo de um amigo e o amigo do amigo desse amigo. O louco. Com o seu Volvo 3500 do século passado. Só não era um carro de combate pela velocidade que tomava. De resto até parecia que tinha lagartas. E o condutor só não era um louco porque... - não, afinal esse era mesmo louco. Um 'louco' que mete os candongueiros a um canto (e literalmente também). Com ele experimentei ultrapassagens pela direita, pelo meio dos carros, pelo passeio e em sentido proibido. E tudo isto em alta velocidade, por estas ruelas de Luanda. Ele é o maior, o louco. O maior. Está cá há 5 anos em Luanda... mesmo assim não tem desculpa. Nem juízo.
Bem, enquanto me beliscava para ter a certeza que estava ainda vivo e acordado, já fora do carro de combate, eis que algo faz de novo o meu coração bater mais depressa (mais ainda que quando vi a noiva). Ouvi um "clac-clac" e depois um tiro. A uns 20 metros de nós. Alguém achou que devia tentar roubar um carro ali mesmo, e os seguranças responderam, como mandam as regras: primeiro um tiro ao homem, depois um segundo tiro para o ar. Metralhadora AK47. É normal, dizem. Desconheço o resultado final da história, mas o tiro foi só um que se ouviu. E não foi para o ar.
2 comentários:
Peter fico contente, com a tua rápida
"ambientação" (ou não ??!).
... Ah é verdade e as Angolanas, para quando um post sobre as belas representantes desse belo exemplo de Africanidade (humm...)
UM GRANDE ABRAÇO
Pedro
Mas que aventura cada dia uma coisa nova. Muito giro esta coisa de escreveres por dias. Aos poucos vais-te ambiantando, se bem que sertas experiencias não sejam de facto lá muito agradáveis. Amigo coragem e agente vê-se em Luanda.
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