Difícil não é sentir a falta de quem nos faz falta.
É pensar no tempo que falta, no tempo que não volta e sufoca, e nas voltas da vida que o tempo nos dá. Fica a esperança de que o tempo aqui me sorria e me traga a vida de volta.
E tem sorrido...


21.9.07

Falta um Mês...

Apercebo-me feliz de que o tempo tem passado por mim a correr nestes últimos dias. Os dias parecem-me sempre curtos e sinto que não consigo gerir as horas dos meus dias da melhor forma. Entretanto as minhas noites caiem longas e contínuas e se alongam em insónias de preocupação e de pensamentos distantes.
Continuo cansado e nem sei se é do trabalho, das noites não dormidas ou apenas do tempo que passa. Sinto mais que será do tempo que já passei aqui. É muito. Mas entretanto vou continuando a riscar os dias que passam e a contar aqueles que faltam. Hoje, na minha parede já muito riscada chego à conclusão de que entre os riscos do tempo apenas falta um mês para matar a saudade. Um mês apenas! Ganho então mais ânimo e penso que com este tempo que foge irei riscar rapidamente os dias que faltam. Num instante, não duvido.
Contudo, há sempre os dias e as noites dos riscos que sobram e que gosto de os riscar bem devagar, recordando-os. Quanto a esses, só me resta aproveitá-los bem. E hoje vou fazer isso, claro! Enquanto sei que chove em Lisboa, irei compensar nesta noite quente as noites brancas que tenho passado em claro. Chill Out.

19.9.07

Ainda a Praia

Muito além da praia, estes dias ficaram marcados por uma música que nos invadiu, que nos arrastou e acompanhou sempre para todo o lado. Aqui e para perto de quem gostamos, tão longe que deles estamos na distância. Aqui está, pertinho do coração.

18.9.07

Praia, Doce Praia

Pareceram um dia apenas. A verdade é que foram três os dias deste fim de semana, alargado e completo mas curto nas horas e na originalidade. O que fiz? Praia, mais praia e… mais praia. Três dias de mar, sol e areia. Apenas. Ah… e lagosta, até fartar.

Sábado foi dia de Cabo Ledo, de um mar mais azul que o céu, das conversas de esplanada com as lagostas do Queirós na mesa, da viagem de ida e de regresso e da noite Naquele Lugar já em Luanda. Magnífico.

No domingo descobrimos outro paraíso, em Sangano. Antes de Cabo Ledo, uma praia que pensámos quase deserta e que se tornou numa agradável e cheia surpresa ao chegar. Cheia de tudo! Tornou-se também numa angústia e tristeza ao partir. Só saímos de noite, mas realmente não queria mesmo sair de lá nesse dia. E nunca antes disso. Queria ficar e que o tempo parasse. Queria ver o pôr do sol que é algo extraordinário por aqui... Apaixona-nos. É um jogo de cores difusas lutando entre si para ganhar o imenso céu. É o sol que se transforma em tons de laranja e visível aos nossos olhos de contemplação, e depois em vermelho vivo e num fogo que ilumina em reflexo toda a baía. O mar e os rochedos. Um céu que rouba a cor ao mar e se une, num horizonte que não se distingue entre eles, desaparecendo entre a neblina. Céu e mar indistintos. E no fim do espectáculo o sol se retira, satisfeito, em magnífica apoteose. Tudo é quase mágico... intenso.

Segunda-feira decidi descansar destes dias de praia... E então fui para a praia também. Mas desta vez nem saí de Luanda... Não era preciso. O trânsito prometia ser interminável ao final do dia, para se entrar na cidade, vindo do sul, e por isso escolhi na ilha uma praia local, e dos locais, para passar mais um dia igualmente diferente. E com muita gente! Mas bom.
A praia cansa, é verdade... Após três dias desta vida difícil estou exausto. E quase preto... por fora e um pouco por dentro também. Ok, é cansativo... mas até gosto disto.

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