Ontem mesmo chegou até mim esta notícia.
É. Luanda é a cidade mais cara do mundo.
E eu penso: - Mas será mesmo? Penso nisso logo de manhã, enquanto pago 3 Usd por um café no hotel, depois de uma tosta mista e de um sumo qualquer que paguei antes com 20 Usd.
Será mesmo? Mantenho esse pensamento à hora de almoço, enquanto tento comer alguma coisa à pressa no restaurante mais barato e apressado dos arredores, e onde pago também à pressa 30 Usd pela refeição. Será mesmo? À tarde não lancho e por isso não penso nisso. Mas chega a noite e janto num local mais confortável, e com mais tempo e continuo com o mesmo pensamento enquanto tiro do bolso uma nota de 50 Usd para pagar o jantar. Chego ao parque do Hotel e o segurança (- Tá seguro, chefe!) olha-me com maus modos porque lhe dou apenas 100 Kz. Contando por alto os Kuanzas que ficaram arrumados nos bolsos dos miúdos que encontro durante todo o dia, chego a contar 10 Usd. Isto tirando os jornais que não leio, mais os cafés que não tomo e a água que não compro... enfim, todo um dia de privações.
Eis que me deito à noite no meu quarto de 300 Usd e chego a uma conclusão finalmente: Luanda? A mais cara? Naaaa! Epá, vê-se logo que esta gente que faz estes estudos não percebe nada disto. Vocês sabem onde é que é caro, mas mesmo caro? Mas caro tão caro que até chateia? É em Ermesinde. Acho...