Difícil não é sentir a falta de quem nos faz falta.
É pensar no tempo que falta, no tempo que não volta e sufoca, e nas voltas da vida que o tempo nos dá. Fica a esperança de que o tempo aqui me sorria e me traga a vida de volta.
E tem sorrido...


13.1.08

Ano novo...

...Vida nova.
Regresso a Luanda. Uma Luanda calma, sob um céu nublado e cinzento, como um perfeito dia triste. Mas eu sinto-me forte e confiante. Feliz e decidido. Sentindo em mim uma felicidade presente, embora invadida em momentos pelo passado e pela tristeza que deixo em quem deixei. Tristeza que também sinto.
Mas decidido enfrento o novo ano com um novo olhar. E olho assim adormecido sobre a cidade através da janela do meu quarto de hotel. Desta vez vejo o mar e a marginal lado a lado. A calma. Vejo a calma presente nesta cidade no meu primeiro final de tarde e descanso também o meu olhar sobre o horizonte. Fecho os meus olhos com um suspiro e inspiro o ar quente da cidade, preparando-me para mais um desafio, para mais um ano que começa. Também eu começo e renasço. Tudo de novo.
O céu invade-se de cor com o fim do dia, mas o mar continua cinzento como nuvem. Estranhamente belo. Estranho e imenso mar. E contemplo-o com um sorriso tímido e deixo-me assim ficar...

É que mais vale olhar para um mar cinzento, do que um mar cinzento no olhar.

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