Difícil não é sentir a falta de quem nos faz falta.
É pensar no tempo que falta, no tempo que não volta e sufoca, e nas voltas da vida que o tempo nos dá. Fica a esperança de que o tempo aqui me sorria e me traga a vida de volta.
E tem sorrido...


3.12.07

Despertar


http://expresso.clix.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/180043



Aqui tão perto de mim. Aqui mesmo ao lado, mas para além do mal que se vê nas ruas por onde passo e do pequeno mundo que observo através da minha janela.
Isto para mostrar que Angola infelizmente ainda é igual a muitos outros países no que respeita ao respeito pelos direitos humanos.

Para vos mostrar também que o silêncio também aqui ainda é a palavra de ordem. Calar ou pagar por isso.

Por isso julguei que devia divulgar a história aqui, para que nada nem ninguém se silencie. Em respeito pela liberdade de imprensa e de opinião. Sobretudo muito respeito e admiração por quem tem a coragem de abrir para o mundo uma janela que ninguém quer espreitar.

Para o António, um grande abraço.

8 comentários:

Anónimo disse...

É infeliz o mundo... é inegável que muitas democracias, apenas o são em nome e não em conteúdo.
Há que ir dando um passo de cada vez para se tentar alterar essa situação.

Baci

Peter disse...

Oi Sophia...
Sim, e infelizmente já soube de muitas outras histórias, em outros bairros de Luanda, cujos relatos são ainda mais impressionantes. Nem dá para contar aqui. E como ao povo falta-lhe a voz, resta-nos a nós despertar um pouco a atenção do mundo e acreditar, para que a passo a passo esta cruel realidade desapareca e se possa falar em democracia.
Beijos

Anónimo disse...

bom dia Pedro,

Parto de Lisboa a 7 de Janeiro.
O meu local de trabalho vai ser na
Av. 4 de Fevereiro, 35/36.

um abraço,

Mário

Orlando Gonçalves disse...

Era bom, muito bom, que certos governantes de certos paises que se julgam democratas e ainda por cima progressistas tivessem vergonha na cara e nao deixassem o seu povo a morrer a fome e sem condiçoes de vida. Realmente para uns e outros andarem de aviao particular e terem grandes mansoes e casas em Paris e viverem a grande, anda o povinho a sofrer a miseria que se ve. Consciencia e solidariedade so para eles, para os grandes. E em terra de cego quem tem olho e rei. Deve de ser o que acontece por Angola. Eu estou a vontade para falar destas coisas porque como comunista que sou mete-me nojo que uma sociedade que na sua constituiçao tem muitas referencias a ser uma sociedade socialista nao seja mais que uma sociedade podre e sem valores, pois so podera haver de facto uma sociedade socialista quando existam melhores condiçoes para todos e onde a riqueza nao esteja na mao de meia duzia de pessoas como acontece ai. Deviam os governantes fazer uma reciclagem e lerem mais os manuais de Lenine e de Marx, talvez aprendam alguma coisa. Infelizmente em Africa isso acontece em muitos paises e as grandes potencias ganham muito com isso. E muito bom que exista gente que va denunciando estas situaçoes mesmo que para isso tenha que sofrer na pele certos maltratos. Esta eu nao podia deixar de comentar, e desculpa a falta de acentos mas o computador nao me esta obedecendo.

Anónimo disse...

Obrigado pela solidariedade que tenho vindo a receber de práticamente todo o mundo... Obrigado ao Pedro, que desde a janela do seu "hotelluanda" tem vindo a descrever de uma forma lírica e bonita a sua realidade angolana. Obrigado ao Rafael que tem vindo a acompanhar a minha odisseia angolana à distância, desde Londres. Obrigado ao marcel, que combate, neste momento, noutras frentes. Obrigado ao Padre Mario pelas palavras de conforto que me enviou desde a sua aldeia minhota...
Eu vou continuando a dar o meu melhor, um pequeno contributo para a liberdade de imprensa neste maravilhoso país Angola.

Para os que sabem alemão aqui fica o site do meu diário angolano. Para os que não dominam o alemão fica aqui a promessa: Quando tiver tempo - um dia destes - irei publicar o meu diário também em português, em iglês...

http://www.antoniocascais.net/angola07/angolanisches_tagebuch.pdf

um abraço

Peter disse...

Oi Mário!
Feliz por te poder depois encontrar por aqui. Enfim, mas chegarás primeiro do que eu...
Abraço, até já! :)

Peter disse...

Querido Orlando,
São estes desequilibrios sociais que tendem a agravar-se com o passar dos anos e com a continuidade dos mesmos estadistas ou governantes. É o que acontece em Angola, mas também como dizes em muitos outros países de África e América latina também... Mas sabes, não são políticas, são costumes e a própria cultura.
Mas temos de ter fé... as eleições aqui serão no próximo ano e já se vêem algumas atitudes positivas para conquistar o povo (os votos, melhor dizendo).
Haja fé. É sempre assim, camarada :)

Peter disse...

António,
Fico muito feliz por toda esta onda de apoio que se formou á tua volta. Só prova que afinal há muita gente que espreita contigo através da janela que tão corajosamente abriste.
Eu serei sempre um deles!
Um abraço de até breve.

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